quarta-feira, 15 de maio de 2013

A princesa sem Castelo


Eu sempre sonhei em ser a princesa de algum príncipe. Só que com o tempo eu descobri que príncipes não existem. Logo, eu não poderia ser uma princesa.
Até que um dia eu conheci um cara, diferente dos outros caras desse mundo, por vezes no seu silêncio ele me revelava mistério, outras vezes na sua fala apressada me revelava a vontade de descobri-lo.
E foi nessa de descobrir que me deixei ser descoberta, abri as portas da minha vida, da minha casa, da minha alma pra ele. Ele descobriu cada centímetro das minhas ironias, meu jeito sarcástico de ser, meu sorriso aberto, meu choro baixinho debaixo do travesseiro, meu jeito de contar sacanagem, minha cara de quem gosta e não gosta das coisas.
E quer saber? ele sabia como me ganhar, e como me perder, e nessa dualidade ele foi me levando, e levou-me a sentimentos que eu nem sabia que existiam em mim por alguém, e ele trouxe pra minha alma desnuda um cobertor, e eu gostei de ficar, era ali aonde eu queria estar, e estou.
Ele era de carne e osso, de erros e acertos e eu gostava disso porque ele era de verdade, passei  então a querer ser a mulher dos sonhos dele, e não a princesa de algum príncipe como antes.
Até o dia em que ele me chamou de “Princesa” e eu descobri que mesmo sem castelo e sem cavalo branco eu tinha meu “Príncipe”.E ele tinha sido guardado pra mim, com sua imperfeição de ser humano e seu coração encantado.
E que venha o nosso “Felizes para sempre” de verdade, e com todo encanto que poderá ter.
Eu era a "princesa" sem castelo, mas que tinha um "príncipe" de verdade para amar, que na sua imperfeição tentava acertar, que o mais perfeito já tinha acontecido, ele tinha nascido e a gente pode se encontrar, que essa história seja sem fim pois do lado de mais nenhum outro eu queria estar.